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Pré-eclâmpsia na gravidez

A hipertensão arterial (HTA), provocada pelo aumento da tensão arterial, é das complicações mais comuns durante a gravidez e pode ter várias origens, como HTA crónica, caso já exista esta alteração antes da gravidez ou apareça até às 20 semanas de gravidez e se prolonga após 12 semanas do parto. Pode existir também a HTA gestacional, que surge após as 20 semanas de gestação e estabiliza até às 12 semanas após o parto.


Cerca de 20-50% dos casos de hipertensão na gravidez evoluem para pré-eclâmpsia, uma condição que apresenta valores de proteína na urina elevados (proteinúria). A pré-eclâmpsia derivada da HTA crónica também é possível.


O desenvolvimento de pré-eclampsia a partir da HTA gestacional é especialmente preocupante pois é uma das principais causas de morte materna no mundo e está também relacionada com o aumento do risco de prematuridade, de bebés pequenos para a idade gestacional, complicações durante o parto e até aumento da mortalidade entre a 28ª semana de gravidez e o 7º dia de vida do recém-nascido (perinatal).


Os fatores de riscos para a pré-eclâmpsia durante a gestação são a obesidade, a diabetes, a doença renal, a gravidez múltipla, a primeira gravidez e os antecedentes pessoais ou familiares.

Por outro lado, o consumo de pelo menos 3 porções diárias de legumes, combinado com a prática regular de atividade física parecem reduzir o risco de HTA durante a gravidez. De facto, um perfil alimentar rico em frutas e vegetais, fontes de fibra, antioxidantes, magnésio, potássio e cálcio mostrou ter um efeito protetor na redução de risco e controlo da pré-eclâmpsia.





Alguns dos nutrientes mais apontados para prevenir a pré-eclâmpsia são o cálcio e os antioxidantes, como a vitamina C, vitamina E, zinco, selênio, cobre e manganês que vão ajudar a diminuir o stress oxidativo e a melhorar o fluxo sanguíneo para o útero e a placenta. Também um aumento do consumo de alimentos ricos em magnésio e vitamina D irá ajudar a diminuir o estado inflamatório e uma dieta rica em proteínas terá um impacto positivo na redução do inchaço provocado pela retenção de líquidos.


Neste sentido, é encorajado o consumo diário de queijos pasteurizados, frutos gordos (amêndoas, avelãs, pistácios), frutas cítricas (kiwi, papaia, limão, laranja), legumes de folha verde (couve galega, agrião, salsa, grelos, espinafres), leguminosas (soja, feijão, grão-de-bico), ovos bem cozinhados e peixes com baixo teor em mércurio (sardinha, dourada) a grávidas que tenham sido diagnosticadas com HTA ou pré-eclâmpsia.


O padrão alimentar mediterrânico, caracterizado pelo consumo dos alimentos em cima referidos e a redução do consumo de carne processada, bebidas açucaradas e snacks salgados é o mais aconselhado neste tipo de doenças, com a ressalva que as alterações dietéticas devem ser adotadas assim que começar a planear em engravidar, para diminuir o risco de desenvolver estes problemas.


Nestes casos, o acompanhamento por parte do Nutricionista materno-infantil é de extrema importância para diminuir o risco de desenvolver complicações e garantir uma gravidez tranquila até ao fim da gestação.


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